Quer elaborar seus processos de criação como um verdadeiro artista? Então, fique de olho na leitura!
Quer aprender como fazer amigurumis? Então, nosso post de hoje é perfeito para você!
A criatividade é um tema importante para quem trabalha com artesanato e precisa sempre renovar o estoque de ideias, surpreendendo e inovando.
Para quem trabalha com bichinhos de crochê então, o processo criativo é ainda mais especial.
Quer elaborar seus processos de criação como um verdadeiro artista? Então, continue de olho na leitura!
Entrevistamos duas experts do nosso Time de Artesãos quando o assunto é o processo criativo para o desenvolvimento de amigurumis: Cláudia Stolf e Elá Camarena. Confira as dicas abaixo para quando você precisar idealizar lindos trabalhos também!
Cláudia: Como meu foco são peças que serão reproduzidas, além de terem um visual que agrade crianças, mamães e vovós, todo o processo de confecção deverá ser facilmente descrito em uma receita. Deve haver harmonia na proporção dos tamanhos de cada parte para que quando montado, o amigurumi fique com um aspecto fofinho e divertido.
Elá: Repertório, ou seja, pesquisar imagens, lugares e objetos que não sejam de crochê ou tricô. Vale muito a pena assistir desenhos animados, ler histórias em quadrinhos, prestar atenção até em coisas simples do nosso dia a dia para entender a construção de personagens. Se quiser se aperfeiçoar, aulas de desenho, principalmente de modelo vivo, ajudam demais a entender sobre proporção.
Cláudia: Se não tiver nenhuma solicitação que já me direcione para alguma peça em especial, a criação de algum modelo aleatório parte principalmente de uma pesquisa do que temos em alta no mercado. Mesmo não fazendo personagens, podemos usá-los como guia.
Elá: Pela história. Quando quero criar um amigurumi, uso o Google Maps, por exemplo, e pesquiso lugares, cidades, florestas... Quando encontro um lugar que gostei, pesquiso tudo sobre ele: como cultura, fauna e flora, cores desse lugar e a história.
Cláudia: Harmonização das cores e tamanhos, público-alvo e maior disponibilidade de material.
Elá: Definição:
1º: Público ou persona;
2º: Imagens de inspiração;
3º: Tema;
4º: Cores;
5º: Harmonias;
6º: Grafismos. No nosso caso, são os pontos;
7º: Formas;
8º: Ficha técnica: materiais como fios, enchimento, agulhas e tudo que for necessário para o projeto.
Cláudia: Com a cartela de cores em mãos, logo após fazer um breve esboço da peça, já começo avaliar se vou trabalhar nas cores originais da peça a ser representada ou se o amigurumi será uma representação lúdica, permitindo viajar nas vastas combinações de cores que temos nas cartelas da família dos fios. Normalmente não sou muito ousada nas combinações. Trabalho muito direcionada às combinações mais tradicionais. Como faço muitas peças que fazem parte de coleções ou kits, gosto de permitir que todas as cores disponíveis estejam em uso.
Elá: Após definir o público e o tema com as imagens, escolho a cor que mais me chama a atenção e ela será a cor dominante. Depois, escolho as cores que façam com que a cor dominante se destaque ainda mais e essas serão as intermediárias. E ao final, escolho cores que aparecem em menor quantidade, mas posso usar em destaque, e essas são as cores tônicas. Para simplificar, posso olhar um jardim e combinar as cores como Deus fez com as flores e plantinhas.
Cláudia: Sim. Parto de um esboço bem rude sobre o qual faço as primeiras anotações sobre fio, proporções, possíveis cores e outros detalhes. Tendo tudo definido, aí sim desenho a peça no tamanho real pretendido, pinto o desenho e consigo ter uma ideia inicial de quantas carreiras vou fazer em cada parte da peça. A experiência, e uma amostra tecida em todos os fios, ajuda bastante a planejar essa etapa.
Elá: Na maioria das vezes. Tenho um caderninho onde desenho minhas ideias e pinto com canetinhas. Para a Apostila Amazônia, por exemplo, apresentei ilustrações para depois crochetar os personagens.
Cláudia: A primeira questão que eu analiso é o destino da peça a ser criada. Decoração ou brinquedo? Essa peça será abraçada? Poderá ser levada à boca por bebês? Ficará exposta ao sol? Será lavada constantemente? Qual efeito de cor, brilho e toque eu preciso? É importante já ter uma ideia da definição pretendida nos detalhes do amigurumi, pois quanto mais fino o fio, conseguimos detalhes mais minuciosos. Tendo essas informações, eu consigo facilmente eleger o fio a ser usado. Para isso, gosto de ter uma amostra (bolinha) feita exatamente na mesma receita em todos os fios. Com elas, eu observo a diferença exata entre eles.
Elá: Hoje estou viciada no Amigurumi Soft por causa da cartela de cores maravilhosa, mas confesso que gosto da família inteira e intercalo o uso de cada fio. Se quero algo superfofinho, uso o Amigurumi Pelúcia. Posso escolher o Amigurumi quando vou usar também tecido de algodão no projeto.
Cláudia: De toda a família dos fios Amigurumi, sempre me mantive dentro dos tamanhos de agulhas sugeridas nos rótulos. Já tenho predefinido o tamanho que uso em cada fio. Porém, ao iniciar um novo projeto, sempre testo a agulha antes, para confirmar se o acabamento do ponto está dentro do desejado para aquele trabalho.
Uma questão bastante que incomoda no visual de um amigurumi são os indesejáveis buraquinhos que eventualmente ficam aparentes na peça. É importante frisar que, para resolver essa questão, não adianta apertar o ponto, pois pode até piorar o visual. Um fio muito tensionado perde sua maleabilidade e sua propriedade de inflar após tecido. Por isso, a importância da escolha correta da agulha vai lhe proporcionar um ponto no tamanho exato para que seu amigurumi fique firme, fofo e sem buraquinhos.
Elá: Meu ponto é bem equilibrado, não é apertado, nem frouxo. Teve uma época na minha adolescência em que decidi treinar muito para ter o ponto bem certinho. Para escolher a agulha, busco uma que não deixe buraquinho e é bem normal escolher a opção menor que está no rótulo do produto. Prefiro as agulhas com cabo emborrachado e com a ponta mais fina.
Cláudia: Além de arquivos com todas as receitas finalizadas, testadas e aprovadas, trabalho com uma base de dados com modelos, formas, combinações de cores, mesmo que essas não tenham sido aproveitadas na peça original. Esse formato pode ser útil em outro projeto. Por isso, fica registrado também.
Elá: Todas minhas receitas são originais. Quando descubro ou crio uma técnica de construção, costumo utilizar em diversas peças diferentes. Para peças maiores, já crio com a intenção de ser maior. Dificilmente reproduzo um amigurumi, sempre crio.
Cláudia: Se está iniciando agora no mercado de criação, acredito ser válida a pesquisa no próprio mundo dos amigurumis. Temos muitas referências em revistas e plataformas de pesquisas que darão um ótimo caminho sobre os formatos e combinações de cores. Para quem já tem toda base da construção das formas, indicaria que buscasse referências em outras técnicas, desenhos e na forma real do objeto a ser reproduzido.
Elá: Em situações do dia a dia, andar pelo bairro, olhar um jardim, ler um livro, olhar a gavetinha da mesinha de cabeceira... Tenho uma coleção que se chama “Na Janelinha da Cozinha”, onde mostro aos meus alunos que a inspiração pode surgir de qualquer lugar, inclusive quando se está lavando louça e olha para a janela. Por exemplo, nessa coleção, tenho a Bò, que é uma aranha, pois esqueci de limpar a janelinha da cozinha e ela apareceu! Tem também a Bratag, que é uma lagartinha que apareceu no cantinho de fora da janela e logo será uma linda borboleta!
Cláudia: Sempre penso no uso final do produto e isso gera características bem particulares na hora de planejar o amigurumi. Nas peças para crianças, além da beleza e o atrativo que criamos através das cores e de detalhes, a questão do toque é extremamente importante, como a maciez do fio escolhido e a quantidade de enchimento. Eu prefiro apostar em peças menos cheias para que a criança interaja mais. Enquanto os amigurumis para decoração, considero fundamental que tenham uma quantidade generosa de enchimento, permitindo que a peça fique estruturada. Na maioria das vezes, para estas, aposto nos fios de algodão.
Elá: Sim! Uma naninha ou peças para crianças, principalmente pequenas, precisam ser com ponto bem fechadinho, para não correrem o risco de sair fibra. Não pode usar pompom, melhor usar bolinhas de crochê nas pontas da mantinha e, preferencialmente, bordar os olhos. É interessante que seja mais macia e, por isso, não se deve colocar tanto enchimento. O Amigurumi Soft é ideal para crianças, principalmente para naninhas. Sobre amigurumi para decoração, amo fios mais espessos! E aí, vale tudo! Nessas peças, gosto de deixar bem cheinhas, mas nunca aparecendo a fibra!
Cláudia: Se quiser apostar em peças diferenciadas, fuja de referências em amigurumi. Pesquise sempre em outras fontes. Mantenha-se focado em seu público e, para isso, procure conhecer muito bem quem consome seus produtos. Tenha sempre à mão uma cartela de cores, que pode ser a cartela padrão, ou faça você mesmo uma cartela física de sua disponibilidade de fios.
Elá: Vontade de aprender e acreditar que criar é para todos! Disciplina em pesquisar imagens de inspiração pelo menos 5 minutinhos por dia (nadinha de imagens ou referências sobre amigurumi, crochê ou a técnica que será feita a peça)! Pode criar uma pastinha no Pinterest ou até mesmo pegar uma caixa (que goste muito) e colocar fotos, objetos, lembranças e tudo que adora, tanto na pastinha no Pinterest como na caixinha, onde se sentir mais à vontade! Todas as vezes em que for criar uma peça, olhe para essas imagens, entenda seu estilo (as imagens falarão para você qual é).
Busque nelas aquilo que se repete: cores, formas, mais antigas ou mais contemporâneas... Essas referências ajudarão a dar uma identidade visual aos projetos e sempre mostrarão caminhos criativos, é só treinar. Todos nós somos capazes de criar!
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Agora que você já conheceu todas as dicas de como criar amigurumis, chegou a hora de começar a trabalhar!
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