Neste Dia das Mães, emocione-se com a carta aberta da artesã Lu Gastal e confira uma receita exclusiva para mãe e filha arrasarem juntas no look handmade.
Chegou o dia de exaltar aquelas que não medem esforços para colocar um sorriso no rosto de um filho e que dão o melhor de si sem esperar nada em troca: as mães!
Elas são sinônimo de amor e bondade. São colo, carinho e aconchego. Carregam no peito o maior coração do mundo para servir de morada para o maior amor do mundo!
Por isso, desejamos um feliz Dia das Mães para todas as mães que nos acompanham!
Para celebrar esta data tão especial e cheia de amor, a Círculo lançou a campanha Abraços OFF, mas seu amor sempre ON, que tem como objetivo aproximar mães e filhos neste ano que segue atípico, independentemente da distância.
Mesmo com as dificuldades que todos estamos passando, e levando em conta que muitas pessoas não poderão abraçar suas mães devido à pandemia, abrimos um espaço para declarações de amor que vão conectar famílias e deixar o amor entre mães e filhos on-line no Brasil inteiro. Os relatos mais emocionantes foram publicados nos stories do nosso Instagram (@circuloprodutos).
A artesão Lu Gastal (@lugastal), que foi quem ajudou a divulgar a campanha Abraços OFF, mas seu amor sempre ON para o Dia das Mães, também fez a sua declaração de amor, mas dedicada à maternidade. Confira e emocione-se!
“Olá, VIDA! Neste 2021, cá estamos juntas no meu 22º Dia das Mães, e dessa vez quero conversar com você, um papo reto e direto, meu e seu.
Tenho o privilégio de ter minha mãe e a isso sou grata diariamente. O passar do tempo me ensinou que, a certa altura da vida, os papéis se invertem. Deixamos de ser cuidadas para sermos cuidadoras. No meu caso, recebo a bênção de vivenciar ambos os papéis, ter o olhar carinhoso da minha mãe e a maturidade de entregá-la o meu.
Nessa data em que as mães do mundo inteiro são homenageadas, penso brevemente sobre as referências que a minha mãe me ensina; uma mulher de fibra, que desde sempre exerceu seu papel a sua maneira, talvez gostando de atividades que a maioria das mães da época não curtia, como fazer churrasco e cuidar do jardim. Tive a sorte de conviver até a fase adulta com minhas duas avós, mulheres nas quais também me inspirei e que, com certeza, contribuíram para a mãe que hoje sou.
Com cada uma delas fortaleci diferentes laços e trago ao meu instinto materno pinceladas de ensinamentos. De cada uma recebi diferentes olhares e carinhos; da avó materna, a doçura pelo encantar através da mesa, de forma simples e afetuosa; da avó paterna, as possibilidades de um mundo imaginário que cabia dentro de uma caixa de sapatos cheia de retalhos, fitas e linhas, com os quais eu “costurava” minhas roupinhas de boneca Susi; da mãe, a entrega incondicional e zelosa, tipo proteção silenciosa de uma leoa sempre atenta para conduzir as filhas pelo melhor caminho no momento em que julgava correto.
Hoje entendo que, a certa altura da vida, dona Lia passou a ser a mãe da Luciana, da Lilian e da Lisiane, porque hoje, com muito orgulho, por vezes deixo de ser a Luciana para ser a mãe da Laura e da Luisa. Nessa passagem do tempo e sequência de papéis, vejo com clareza situações se repetindo, entre diálogos, conselhos ou simples dilemas do dia a dia. Nesse passar dos anos, entendo com clareza o quanto o amor tantas vezes chegou disfarçado de puxão de orelha ou castigo, sinônimos de pura proteção, afago, abraço velado e um olhar que só a mãe da gente tem.
Refletindo sobre a frase mais usada nessa época, hoje entendo que AMOR DE MÃE é algo incondicional, que envolve infinitos sentimentos e jamais pode ser julgado ou questionado. Diferente do amor aos amigos, aos irmãos ou a quem escolhemos ter ao lado, amor de mãe é único e insubstituível.
Num fim de tarde de novembro de 1997, uma quinta-feira, se não me engano, lembro de, ansiosa, buscar meu exame de gravidez. Para a atendente do laboratório, tentei parecer tranquila. Logo depois de pisar na calçada e abrir o envelope sem entender se o resultado era positivo ou negativo, voltei e com expressão de espanto e perguntei: “estou ou não estou grávida?”. Na sequência, entre uns sorrisos e lágrimas, bati à porta do trabalho do marido para contar a novidade. Num misto de surpresa e medo, por instantes, nos abraçamos fortemente.
Diferente do que qualquer gestante de primeira viagem possa imaginar, tive uma gravidez de risco e, por longos seis meses, intercalei cama e sofá, como uma galinha que choca os ovos no seu ninho. No coração daquela jovem aspirante a mãe havia pensamentos de fraqueza e busca de porquês totalmente entrelaçados com uma certeza e esperança de que, dia após dia, aquela sementinha germinaria dentro de mim. Sabemos, VIDA, você não é capítulo de novela e aqui não vou maquiar, foram tempos difíceis. A internet era ligada num fio de telefone que não chegava a minha cama, e por intermináveis tardes bordei ponto cruz, mais precisamente do dia 31 de julho ao dia 28 de julho.
Numa gelada madrugada do inverno gaúcho, depois de intensos cuidados médicos e familiares, chegou a prova de que o universo me concedeu o melhor dos presentes, uma filha esbanjando saúde. Dizem que só tem coragem quem sente medo, e lá estava eu, feliz da vida com uma menina de cabelinhos negros mamando no peito.
Decidimos em casa que a chegada do bebê não mudaria radicalmente a rotina do casal e assim foi. Nos adaptamos a ela e ela a nós, com os tempos e cuidados necessários. A partir daquela data, havia uma única certeza: você, VIDA, me concedeu o maior dos presentes! Que responsabilidade deliciosa havia à frente!
Tempos depois, mais uma menstruação atrasada e a previsão de que em março de 2001 chegaria outra menina. Dessa vez a gravidez transcorreu normalmente, entre alguns sustos e cuidados. Mais uma vez aquela mãe jovem bordou e costurou o enxoval, repaginando os looks da irmã mais velha. O tempo do nascimento se aproximava e dentro de mim batia aquela reflexão “seria possível amar outro filho na mesma intensidade?”.
Às vésperas de completar 30 anos, recebi o outro grande presente que você, VIDA, me proporcionou, outra guriazinha faminta e cabeluda, dessa vez com fios em tons loiros quase ruivos. Se havia qualquer dúvida em relação ao amor compartilhado, imediatamente este se desfez – entendi coração de mãe não tem limites!
Não tive uma terceira gravidez, mas confesso, se tivesse adoraria ganhar outra menina. As cores, tecidos, lápis, canetinhas, linhas e outros materiais que compõem um universo lúdico sempre estiveram presentes nas brincadeiras com minhas bonecas de verdade.
Nos tempos escolares, fui uma mãe presente, daquelas que participa das atividades na escola, faz piquenique no zoo e todos os programas inimagináveis pra alegrar as lembranças futuras dos seus “rebentos”. Desde sempre, o fazer manual sempre esteve muito presente; as festinhas de aniversário era 100% caseiras e os trabalhos em grupo na nossa casa sempre eram motivos de animação e reunião dos colegas. Mesmo com a tecnologia batendo à porta, nossa família sempre prezou por trazer ao lar a maior parte de referências analógicas, das mais diversas experiências. Fizemos horta, criamos galinha, porquinho da índia, tivemos cachorro, gato, chegadas e partidas, aniversários no pátio com cama elástica, do jeitinho que você, VIDA, é!
Algo muito importante na educação das meninas foi o convívio com as avós e bisavós. Considero de extrema importância que levem para as suas vidas as referências familiares, até para entenderem os desafios de ser mulher, independente das escolhas pessoais e profissionais.
Talvez, algumas vezes, as meninas tiveram dificuldades em explicar pros colegas o motivo de a mãe, ex advogada, agora trabalhava entre tecidos, costuras, tesouras, linhas e agulhas de tricô. Talvez diversas vezes as meninas não tiveram respostas exatas, mas há uma certeza: entenderam a importância do trabalho, independente do ofício, e o prazer de fazer o que gosta.
O tempo passou, as bisavós das meninas partiram e os laços com as avós se estreitaram potencialmente, o que enxergo como puro luxo, ou apenas um presente seu, VIDA – conviver com avós é das maiores dádivas que se pode ter.
Hoje minhas filhas são adultas. Laura uma quase advogada. Luisa uma futura engenheira agrônoma que tricota lindamente. Cada uma do seu jeito e estilo, com a carga de afeto necessária para fazerem suas próprias escolhas. Recentemente, numa das experiências mais doloridas da minha estrada, foi delas que recebi um apoio incondicional e constante, apesar de, muitas vezes, não estarmos fisicamente juntas, e esse “estar junto” fez toda diferença para que eu, a mãe, conseguisse me reerguer e ir atrás do que acredito e desejo. Como falei no início desta carta, mais uma vez os papéis de cuidadora e cuidada se entrelaçam e provam que os vínculos emocionais e afetivos têm força imensa na nossa trajetória.
Sabe, VIDA, seguidamente me questiono se desenvolvo bem meu papel de mãe, e quando vejo duas meninas-mulheres generosas, corretas e queridas com os seus, respeitando o próximo e se dirigindo a qualquer pessoa com um prévio bom dia, boa tarde ou boa noite, qualquer dúvida desaba, amparada no fato de que a educação nada mais é que um exemplo construído diariamente por uma equipe multidisciplinar, composta por mães, pais, avós, professores e demais pessoas que transitam em nossas vidas.
Como profetiza o escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo, “a verdade é que a gente não faz filhos, só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final”.
E por aqui finalizo minhas palavras e deixo um abraço bem apertado a cada mãe que aqui me lê. Feliz todos os dias, e obrigada VIDA, por nos presentear com essa experiência!
Beijos meus!”
Para mãe e filha arrasarem juntas no look handmade, preparamos uma receita exclusiva. É o quimono amor, feito com o fio Cléa e usado pela Lu e suas lindas Laura e Luisa na foto. A receita completa você confere aqui.
Você encontra todos os nossos produtos para criar lindos projetos nos melhores armarinhos e lojas on-line do Brasil!
São diversos fios, linhas, acessórios e tecidos em cores variadas que farão você se apaixonar!
Por fim, lembre-se: assim que colocar a receita do Quimono Amor e fazer uma linda foto com a sua mãe, compartilhe com a gente nas redes sociais!
Para isso, é só publicar suas fotos no Facebook ou no Instagram com a #SempreCirculo.
Você já sabe, né? Nós amamos acompanhar de pertinho tudo o que você faz, sempre!
Por último, mas não menor importante: um feliz Dia das Mães!
Até a próxima!
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