A leitura de gráficos de crochê, e de outras técnicas artesanais, como o tricô e até mesmo o bordado, pode oferecer certas dificuldades para quem está começando.

Por isso, hoje você vai conhecer algumas dicas que podem facilitar seu aprendizado e te mostrar que a leitura de gráficos de crochê pode sim ser algo simples e prazeroso. Confira tudo a seguir!

Mas afinal, o que são os gráficos de crochê?

De certa forma, os gráficos do artesanato são parecidos com a matemática: eles são desenhos que representam um conjunto de dados. No caso das receitas de crochê, uma série de pontos que, juntos, formam uma linda peça.

Qual a diferença entre receitas e gráficos de crochê?

É importante destacar aqui a diferença entre gráfico e receita. Como mencionado acima, os gráficos são representações ilustrativas. Já as receitas são instruções em formato de texto, uma espécie de passo a passo, bem parecido com uma receita culinária mesmo. Os dois devem ser lidos e interpretados, mas o gráfico precisa passar por uma espécie de tradução.

Muitas vezes não é possível escolher entre um e outro, porque gráfico e receita costumam se complementar. Geralmente, as receitas são descritas somente até certa parte. E a partir de um momento, a indicação é de que você acompanhe o gráfico.

5 dicas para a leitura de gráficos de crochê

Confira agora cinco dicas básicas para uma boa leitura de gráficos de crochê. Seguindo os passos abaixo, você vai conseguir entender direitinho como interpretar os desenhos daquela receita que você quer tanto fazer. Vem com a gente!

Dica 1: não se assuste!

A primeira coisa que um iniciante no crochê sente quando se depara com o gráfico de uma peça é um pouco de medo, sabemos. Se já é difícil lembrar o que são pontos altos, baixos e correntinhas, imagina só ver vários desenhos pequenininhos juntos e não saber o que cada um deles representa.

Já dá vontade de desistir, bate o desânimo, vem a ideia de encomendar a peça de alguém ou correr logo atrás da receita e pronto. Assunto resolvido, certo?

Errado.

Nossa primeira e mais importante dica é: não se assuste e tenha calma. Por mais que sua primeira reação ao ver um gráfico de crochê seja fugir dele, você precisa ficar tranquilo para poder compreender todos os seus significados. Não é tão difícil assim!

Os gráficos são, com certeza, a forma mais rápida de instrução para confeccionar uma peça. Ele é, de uma certa forma, absoluto. E por mais que precise ser interpretado, as chances de haver um erro no desenho é bem menor do que nas instruções escritas.

Dedique-se a aperfeiçoar mais essa habilidade como artesão!

Dica 2: interprete as legendas!

Gráficos não são lidos com mágica. Eles precisam ter seus símbolos desvendados e traduzidos para significarem alguma coisa. Por isso, atenção às legendas.

As legendas de um gráfico são a tradução dele. Isso mesmo. Cada símbolo tem um significado e é assim que você vai começar a desvendar o mistério de sua peça.

Esses significados não mudam e você não precisa se preocupar. Sempre que se deparar com diferentes gráficos, os desenhos terão os mesmos significados.

Olha só a legenda correspondente ao gráfico da dica 1:

Então, sempre que vir cada um desses símbolos, você já sabe o que tem que fazer, certo? Agora, podemos ir para a próxima dica!

Dica 3: atente-se ao sentido da leitura!

Os gráficos de crochê podem ser de duas formas: lineares e circulares. E isso tem a ver com o tipo de peça que ele irá formar: retas ou redondas.

Gráficos circulares

No caso dos gráficos circulares, de peças arredondadas, a leitura funciona de dentro para fora e no sentido horário. Ah, e tem um detalhe: o início dessas peças é algo que geralmente não está representando nas legendas. Isso mesmo!

O início de peças redondas se dá com o anel mágico, geralmente representado por um círculo no centro da imagem.

A linha subsequente ao círculo traz uma determinada quantidade de pontos, representados nas legendas. E é essa quantidade de pontos que você deve inserir dentro do anel mágico para começar a trabalhar.

Daí em diante, basta seguir em frente, até chegar à linha mais externa do círculo.

Se quiser relembrar como fazer um anel mágico, dá uma olhadinha nesse vídeo:

Gráficos lineares

Já os gráficos lineares, são lidos de baixo para cima, e da esquerda para a direita nas carreiras ímpares. As pares, são lidas da direita para a esquerda.

Dica 4: conte sempre!

Essa etapa parece não ter muito a ver com gráficos, mas tem sim. Você não pode se esquecer de contar!

A cada carreira finalizada, faça uma marcação em seu gráfico e confira a quantidade de pontos com atenção. Veja se a quantidade de pontos que você desenvolveu, está igual ao desenho.

Às vezes, a gente acha que pegou o jeito e começa a produzir de forma automática. Quando lá na frente, percebe que a conta não fecha. E aí, quando vamos ver: faltou ou sobrou ponto. E a repetição do erro até o final pode deformar sua peça.

Para não precisar desmanchar seu trabalho quase no final, conte os pontos de cada carreira no início e no final. É melhor pecar sempre pelo excesso.

Dica 5: observe!

Aproveite, se tiver oportunidade, para observar alguém que tenha bastante conhecimento na técnica que você está querendo aprender para desenvolver sua leitura de gráficos. Ter alguém para nos ensinar e compartilhar experiências é sempre incrível.

Assista a vídeos na internet e veja como o processo de tradução dos símbolos funciona na prática para tirar suas dúvidas. Como esses aqui da artesã do nosso Time, Bruna Szpisjak:

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Até a próxima!