Enquanto muitas mães ensinam as crianças a crochetar por puro amor ao artesanato, a mãe da artesã Renata Vieira usou a técnica como uma estratégia para fazer com a filha passasse mais tempo em casa. Ela adorava passar horas brincando na pracinha com os amigos, o que deixava a mãe preocupada. [caption id="attachment_33310" align="aligncenter" width="603"]

Mãe e filha já produziram várias peças juntas[/caption] “O mais engraçado em dizer que aprendi crochê com minha mãe está no fato de que ela não faz crochê. Ela me ensinou o básico e partir dali meu interesse só aumentou. Lembro que ela se sentia aliviada por eu ficar quieta em casa e longe da pracinha”, conta a artesã, que tem várias lembranças que envolvem a mãe e o crochê. Uma delas, muito marcante, foi de quando elas decidiram sair das correntinhas e partir para o ponto alto, que era muito desafiador para Renata, que tinha apenas 12 anos. [caption id="attachment_33332" align="aligncenter" width="603"]

Renata demonstra um ponto para aluna durante workshop[/caption] A artesã diz que, de certa forma, foi o crochê que a escolheu. Uma tia-avó, que admirava a técnica pediu para que a mãe lhe ensinasse e garantiu que compraria as peças da menina. As linhas e agulhas foram grandes companheiras de Renata. Em momentos difíceis, foi no crochê que ela encontrou alegria. “Quando eu tive que desistir do curso de Medicina Veterinária, fiquei extremamente deprimida, mas o crochê ocupou minha mente e me tirou do sofrimento”, relata. Hoje, ele a terapia virou fonte de renda, de novos aprendizados e amizades. A Círculo também teve sua importância na história de Renata, que afirma que a empresa a valorizou como artesã e lhe deu motivo para realizar um trabalho primoroso e interessante. “A Círculo é um sonho para mim, que se realiza a cada laçada, a cada novelo que abro”, afirma Renata, que faz parte do time de artesão da Círculo. [caption id="attachment_33327" align="aligncenter" width="603"]

Renata com as alunos em um dos workshops do Time Círculo[/caption] Porém, nada disso teria acontecido se não fossem os ensinamentos básicos da mãe e os muitos momentos que passaram juntas para se dedicarem ao artesanato. “Minha mãe é costureira, então fizemos muitos trabalhos juntas. Eu fazia o crochê e ela o forro. Eu fazia os barrados e ela aplicava nas toalhas. Foram anos assim juntas, uma completando a outra”.