Transformar sua paixão artesanal em dinheiro no bolso já é realidade. Com esse guia, vamos te ajudar a começar com dicas e dados valiosos.
Se você adora tricotar aquele cachecol ou crochetar um amigurumi fofo nas horas vagas, que tal dar um passo além e entrar no mundo das vendas artesanais? O artesanato no Brasil está longe de ser hobby: ele já movimenta cerca de R$ 100 bilhões por ano ( sim, bilhões) e representa quase 3% do PIB brasileiro. E mais: são mais de 8,5 milhões de artesãos brasileiros, e o número de quem vende online cresce ano após ano e já chega a 35%.
Isso quer dizer que o mercado está aquecido, cheio de gente que valoriza o feito à mão (inclusive a Geração Z, que aumentou buscas por bolsas de crochê em até 975%!)
Escolha seu nicho com carinho: Decida o que quer produzir: amigurumis fofos, acessórios de moda, peças de decoração ou itens infantis. Um nicho definido te ajuda a falar diretamente com quem vai comprar. Sabe aquelas peças que você faz e seus amigos sempre pedem, elogiam ou já pediram para você vender? Comece por elas.
Use fios de qualidade e capriche no acabamento: Materiais bons garantem peças duráveis e que encantam à primeira vista — clientes notam isso e voltam. Na internet (como no canal da Círculo e no meu site) você encontra vídeos e aulas que podem lhe ajudar a melhorar ainda mais seu trabalho. Além disso no site da Círculo você encontra muitas dicas de como empreender, vale a pena conferir.
Monte um portfólio matador: Tire fotos bem iluminadas (luz natural é sua amiga!) com fundo neutro e diferentes ângulos. Mostre detalhes, texturas, modo de uso. Um portfólio bem apresentado dá confiança ao comprador. Eu sempre ouço que meus amigos seguidores se “esquecem de registrar as peças ao terminar e entregar aos clientes”. Manter esse registro lhe ajuda a criar um histórico de peças, ver seu desenvolvimento e deve estar em seu portfólio para ser apresentado à novos clientes.
Defina preços justos — para você e para eles: Considere custo do material, tempo de produção, impostos, frete. Pesquise preços similares no mercado e encontre aquele ponto de equilíbrio que valoriza seu trabalho sem espantar compradores. Aqui no site da Círculo tem uma matéria para te ajudar a precificar que eu amo. Nela você pode ver na prática como fazer o cálculo, tem dicas para agregar valor ao seu produto, custos e como se diferenciar da concorrência.
Formalize o negócio (opcional, mas recomendável): Se quiser profissionalizar de vez, ser MEI (Microempreendedor Individual) traz benefícios: emissão de nota fiscal, acesso a marketplaces e linhas de crédito. É interessante você conhecer as vantagens, benefícios e obrigações que terá como MEI. No site do Gov você encontra todas essas informações além dos documentos necessários e um guia de perguntas frequentes que é bem legal para você ficar bem-informado sobre o assunto.
Escolha seus canais de venda com sabedoria: Marketplaces como Elo7 e Mercado Livre já têm público em busca de artesanato. Redes sociais (Instagram, Facebook, TikTok, Pinterest) são vitrines diárias e permitem conexão direta com quem vai comprar. Usar as redes sociais para vender tricô e crochê é como ter uma vitrine aberta 24 horas por dia, sem custo de aluguel e com alcance muito maior do que uma loja física. Elas permitem mostrar suas peças de forma criativa, com fotos, vídeos, reels, lives e até recursos como o Instagram Shopping, que já facilita a compra direta.
Além de divulgar, as redes sociais ajudam a criar conexão pessoal com os clientes, mostrando bastidores, processos e inspirações, o que gera confiança e proximidade. A interação em curtidas e comentários funciona como prova social, aumentando a credibilidade do seu trabalho, enquanto a agilidade das postagens permite lançar novidades rapidamente. Assim, além de vender, você constrói uma comunidade de admiradores e potenciais clientes que valorizam o feito à mão.
Personalize, ofereça algo único: Permita que clientes escolham cores, tamanhos, detalhes. Peças personalizadas encantam e têm mais valor agregado. Além disso, o trabalho personalizado fortalece o vínculo entre artesão e cliente, já que há diálogo na criação e isso gera um sentimento de participação e pertencimento. Do ponto de vista de vendas, peças personalizadas permitem cobrar mais justamente pelo caráter exclusivo e pelo tempo extra dedicado, além de fidelizar clientes que voltam a comprar e indicam seu trabalho para outras pessoas.
Acompanhe resultados e ajuste sua rota: Use Google Analytics ou estatísticas das plataformas para entender o que vende mais, quais posts tem mais engajamento e quando seu público está mais ativo. Ajuste sua estratégia conforme aprende.
Transformar sua paixão por tricô e crochê em uma fonte de renda é totalmente possível — e o cenário está mais favorável do que nunca. O mercado artesanal brasileiro está fervilhando de oportunidades, com clientes que valorizam exclusividade, história e sustentabilidade. Com uma boa dose de criatividade, planejamento e presença online estratégica, você pode sim transformar fios e agulhas em vendas reais — e quem sabe, expandir até se tornar referência no seu nicho. Então, bora abrir o ateliê virtual e conquistar corações com suas peças com alma?
Este post foi escrito por mim, Day Vaz do site Eu Amo Tricô. Sou apaixonada por tricô e há vários anos compartilho receitas, dicas, aulas e um pouco do dia a dia do meu ateliê nas redes sociais. Venha tricotar comigo no site www.euamotrico.com.br ou me acompanhe no Instagram @blogbyday. Não esqueça de marcar suas criações com #semprecirculo e #blogbyday — vou adorar ver o que você anda tricotando por aí!
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