Confira as lindas histórias que recebemos em comemoração ao nosso 85º aniversário!
Em 2023, completamos 85 anos histórias! E uma data tão especial quanto essa, merece uma comemoração à altura, não é mesmo? Por isso, vamos estender as comemorações por todo o ano com os relatos da nossa campanha 85 anos, 85 histórias que foram enviados por vocês com tanto carinho.
As histórias foram recebidas durante 2022 e selecionadas para inspirar quem nos acompanha. Cada uma delas é uma celebração da linda relação que construímos com pessoas tão especiais e que são o motivo de chegarmos até aqui.
Confira os relatos que selecionamos para o mês de agosto!
"Era uma vez, eram duas vezes, eram três e não parou mais. E nem poderia parar!
Sempre comentei que meus melhores momentos passei fazendo cada ponto um conto de amor. Fiz vários, cada um com um conto diferente. Gostei do meu boneco de neve. Um dos primeiros prazeres que tive foi ver a peça finalizada, e maior ainda era quando a pessoa recebia a peça e eu via o brilho nos olhos. Um brilho que só a alma traduz. Muitas vezes eu me apegava tanto com o feito que eu não cansava de olhar.
Talvez a alegria em fazer bonecas e bichinhos tenha colaborado para melhorar minha saúde, que ficou muito fragilizada pela Covid-19, e muita gente não superou, não resistiu... Eu busquei bem no meu interior forças para continuar. Voltar a mexer os braços e as pernas foi para um propósito, que era voltar fazer o crochê. E assim aconteceu.
Um dia uma senhora entrou em contato comigo e me perguntou: “Você pode fazer uma boneca Branca de Neve pra mim?”. Antes que eu respondesse, ela continuou: “Quero uma Branca de Neve ostomizada” Pensei: “Ai, ai... e agora? Como adaptar uma princesa colocando uma bolsinha de colostomia na barriga dela?”. Acredito que todos saibam o que é bolsa de colostomia. Afinal, até o presidente usou, mas voltemos para a história, pois de todos os meus pontos, esse foi o conto de amor que mais gostei.
Eu, sem muita prática e muito decidida, comecei o projeto. Fui até a loja e comprei meus fios preferidos, os fios Amigurumi. E assim fui dando forma aos sapatinhos, às perninhas e fui subindo. Ao finalizar os cabelos, comecei a saia. Já tinha feito o projeto do corpo na minha memória, pois a saia teria cós baixo e a blusa teria de ser tipo cropped, mas sem perder o jeito princesa. Então, essa parte estava resolvida. Mas e agora? Como fazer a bolsinha de ostomia parecer real? Não era algo fácil de fazer e a pessoa que pediu estava muito ansiosa pra conhecer a filhinha dela. Enfim, consegui uma bolsa de ostomia de um conhecido. Recortei o mesmo formato de tamanho menor e deu tão certo que a dona da boneca não se cansava de agradecer.
Talvez não tenha ficado tão linda como a princesa, mas o que importou foi o sentimento que gerou em nossos corações. Ter empatia faz a diferença, principalmente quando alguém tem uma deficiência invisível, mas ao mesmo tempo tão notada, e por isso o sofrimento é maior. E a gente poder passar um pouco de alegria para essas pessoas faz o mundo dela melhor e o nosso melhor ainda!
Penso sempre nessa boneca, do quanto eu cresci interiormente e acredito que em nossas artes o que faz a diferença é o que podemos contar em cada ponto que fazemos.
Eu com a Círculo faço de cada ponto um conto de amor!"
Celia Castro
Enviada em 8 de julho de 2022
“Passei por uma experiência desagradável. Perdi meu amigo, companheiro e esposo. Nisso tudo, perdi a vontade de fazer o que mais gostava. O artesanato ficou vazio, tudo sem graça durante uns três anos.
Resolvi entrar em um armarinho e achei uma lã fofinha. Logo perguntei o nome e a moça disse que era da Círculo. Comprei.
Chegando em casa, não tinha ideia do que eu iria fazer. Quando lembrei que há algum tempo já seguia a professora Simone Eleotério com seu trabalho lindo. Resolvi, então, começar um vestidinho para bebê. Ficou lindo e daí em diante resgatei o que mais amo: lãs e fios! E o mais interessante é que foi a lã da Círculo que me fez voltar a amar este mundo de cores e texturas que a Círculo nos apresenta.
Muito obrigada, Círculo, por você fazer parte dessa etapa da minha vida e tenho a certeza que de muitas pessoas também. Obrigada!”
Gorety Santos
Enviado em 14 de julho de 2022
“Minhas velhas mãos pararam aos 99 anos e 5 meses! Mas não queriam parar, se recusavam. As pernas teimosas não a permitia mais cuidar de suas plantas. Plantar e colher foram umas de suas primeiras habilidades como filha mais velha de agricultores pobres que, por herança, receberam um pedaço de terra para morar. Da terra tiravam tudo. O alimento, o algodão que teciam para o vestuário, o óleo da mamona para diversas utilidades, inclusive para queimar o pavio das lamparinas. Minhas velhas mãos aprenderam a ler e escrever com sua mãe. Na escola, concluiu o que chamavam de primário. No início do século XX, era o suficiente para uma garotinha sertaneja.
A visão, mesmo com tratamentos, colírios e óculos, aposentara a velha máquina de costura e aquele som maravilhoso que faziam minhas velhas mãos com a tesoura no tecido. Que felicidade era segurar em minhas velhas mãos e seguir viagem para a capital para comprar tricoline, tergal e botão de madrepérola.
“Menina, enfia aqui a linha nesta agulha!”. Que bordados lindos faziam minhas velhas mãos, camisinhas de pagão, toalhas de mesas imensas para a menina fazer o ‘ponto ajour’.
Os hábitos alimentares mudaram e as iguarias nordestinas feitas por minhas velhas mãos tornaram-se ultrapassadas. Tapioca, doce de mamão com coco e muito cravo, doce de banana de um avermelhado que nunca mais vi igual. Cuscuz com leite de coco, coalhada, arroz doce, canjica, pamonha, pé-de-moleque. “Vó, faz cocada pra mim?”. As velhas mãos sabiam fazer a melhor cocada para sua netinha. A melhor sopa de feijão. O melhor mungunzá. Lambedor para curar a tosse.
Assim, essas velhas mãos, costurando, bordando e enfiando-se na terra, gestaram, pariram e criaram 8 filhos! Abrigou netos, bisnetos e trinetos. “Onde come um, comem 10”.
O crochê foi a última das habilidades de minhas velhas mãos. Nem a pouca visão, nem a frágil musculatura e nem as dores a impediram de crochetar.
Alguns deixam ouro e prata para os que ficam. Eu fiquei com agulhas, linhas, tesouras, máquina de costura, fitas métricas, desenhos, receitas, peças em crochê para terminar e saudades, muitas saudades de minhas velhas mãos. Que estão com Deus por toda a eternidade.”
Maria Madalena Vasconcelos de Lucena
Enviado em 4 de julho de 2022
“É difícil começar a contar. Até me emociona...
Prazer, sou Angélica Maria. Conheço a Círculo há alguns anos, quando conheci o crochê através de minha mãe, já falecida, com correntinhas, pontos baixos e pontos altos. Até me lembro a cor do primeiro trabalho que fiz. Nossa, até o modelo da peça: era um quadrado vermelho, que hoje pode ser até considerado um square, rsrs. Na época, fiz até um jogo. Nossa, quanto tempo faz, gente!
Enfim, o tempo passou.... Após a vida adulta comecei a comprar revistas e levar para o trabalho pra fazer na hora do almoço. Uma amiga me ajudou a entender os gráficos, fiz outro jogo completo, modelo diferente. Fui gostando ainda mais! O tempo foi passando e dei uma pausa....
Hoje, com 44 aninhos, retomei o crochê (e costura também rsrs), pois com pequenos sinais provindo de Deus, como minha tia lembrar de mim ao se deparar com linhas, lãs e trabalhos de uma vizinha que infelizmente veio a falecer, e me trazer uma imensa sacola de várias cores, agulhas, linhas e lãs, da Círculo, hein?! Gente! Desde então, me dediquei.
Estou desempregada. Porém, ganhei uns troquinhos através do crochê. Amo trabalhar com Anne! Conheci o Amigurumi, que linha maravilhosa de se trabalhar. Detalhe, quando me é possível, uso a Cléa (dois fios para o amigurumi rsrsrs pra substituir).
E é tão verdadeiro o meu carinho, amor e respeito pelos produtos da Círculo que recebo os e-mails de e-books e baixo todos. Entre todos os amigurumis que já fiz, fiz uma bailarina. Que emoção quando terminei! Foi uma encomenda onde a cliente de 8 anos desenhou que queria uma boneca e uma coelhinha. A coelhinha, fiz uma pequena visita no YouTube, mas a boneca, me encantei pela bailarina. Segue fotos em anexo. E vou fazer uma pra mim, a moreninha com vestido cor-de-rosa.
Gostei de compartilhar com vocês. Parabéns a todos da Círculo!”
Angélica Maria Madeira
Enviado em 24 de julho de 2022
"Há exatamente 49 anos conheci Círculo. Tinha 8 anos quando herdei da minha avó novelos e agulhas. Não imaginava o que iria fazer naquela época, não tinha as opções que tem hoje, me lembro como se fosse hoje.
No caminho da escola, numa varanda de uma casa, sempre tinha uma senhorinha já bem idosa com seus 85 anos sentada numa cadeira de rodas. Fiquei muito curiosa pra saber o que ela fazia todos os dias ali. Então, descobri que era crochê. Ela mandou eu trazer minhas agulhas e linhas pra me ensinar, aquelas passaram a ser as tardes mais felizes da minha infância, não faltava um dia.
Depois, fui levando outras amigas que ficaram até hoje como minhas melhores amigas. Dulce e Márcia não conseguiram aprender, mas eu a Sueli fazemos crochê até hoje.
Sinto muitas saudades daquele tempo. Lembro que ela, Dona Elvira, ficava brava carinhosamente quando as agulhas caiam no chão e até hoje tenho pavor quando minhas agulhas caem. Quando tínhamos que desembolsar algumas linhas, ela falava "pense em uma pessoa fofoqueira que desembola rápido” kkkk Eu ficava olhando aquelas mãos tremendo e fazendo cada coisa com uma linha fininha para camisolas.
Hoje tenho maior orgulho de ser crocheteira, e tudo começou com uns novelos e agulhas da Círculo, que até hoje é minha marca preferida. Às vezes olho para minhas netas e falo para elas “vocês vão herdar minhas linhas e agulhas” e elas ficam rindo. Ah, saudades! E outra coisa, morro de ciúme das minhas agulhas e linhas.
Beijos! Adorei reviver essa minha história que hoje é meu ganha pão.
Parabéns, Círculo, por tantos anos de dedicação a nós, artesãs de todos os países.”
Sandra Regina Farias Chaves
Enviado em 9 de agosto de 2022
"Desde que vi o crochê, me encantei com essa arte de entrelaçar os fios e formar peças de decoração e vestuário. Tudo me foi apresentado por acaso, eu tinha apenas onze anos de idade.
Uma tia me ensinou a pegar na agulha e me ensinou os primeiros pontos (os básicos). Me lembro que minha mãe comprou linha e agulha e eu ia até a casa dela, minha tia, no dia que ela podia me ensinar para aprender.
Aos poucos conseguia fazer bicos pequenos e crochê quadrado, mas os crochês redondos? Isso era um desafio. Minha prima que morava no sítio veio passear em minha casa e eu mostrei meu crochê a ela. Então disse que queria fazer um crochê redondo. Ela começou pra mim, foi embora e eu continuei fazendo, mas logo emborcou e virou um chapéu. Isso era motivo de muita tristeza para mim, chorava muito.
Certo dia minha mãe viu uma senhora idosa conhecida fazendo crochê e perguntou como fazer pra que meu crochê ficasse bom. Ela explicou que eu deveria aumentar e controlar os pontos e falou pra eu ir até a casa dela. E eu fui lá, aprendi a controlar e aumentar os pontos no momento certo e, através da prática, meu crochê se tornou referência na minha cidade.
Hoje sou monitora de artes da prefeitura, onde ensino vários artesanatos, em especial o crochê, que é minha paixão. Nas horas vagas, trabalho com vendas particulares de sousplat de crochê e amigurumis.
Pra mim, o crochê é arte, terapia, descanso mental e entretenimento!"
Eliene Neto Leão
Enviado em 21 de outubro de 2022
"Fazer artesanato traz felicidade!
Aprendi tricô e crochê bem novinha, com seis anos. Minha mãe me ensinou. Adoro fazer e vivo aprendendo!
Fui comerciante de roupas e calçados por muitos anos e percebi que na cidade onde tinha a loja, não vendiam lãs e linhas. Comecei a revender os produtos da Círculo e foi um sucesso!
Cada entrega era uma festa na hora que eu recebia e na hora que vendia. Comecei a ver nas clientes a mesma alegria que eu sinto quando estou fazendo artesanato.
Hoje estou aposentada e tenho mais tempo para criar minhas peças.
Um brinde aos 85 anos da Círculo! Que continue a proporcionar muita alegria a muita gente!"
Rosi Aparecida Martinho de Oliveira
Enviado em 31 de outubro de 2022
Muito obrigada por compartilharem suas lembranças. Saiba que a sua história é essencial para a construção da nossa!
No próximo mês, traremos outras lindas histórias que tocaram nossos corações e que são tão especiais quanto as de hoje.
Confira as histórias de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho e julho!
Nós temos diversos fios, agulhas e acessórios para te ajudar a confeccionar lindas peças e a tecer mais um capítulo da nossa história!
Você encontra tudo nos melhores armarinhos e lojas on-line do Brasil!
É difícil não se emocionar e inspirar com histórias tão lindas, não é mesmo? E por que não aproveitar esses sentimentos e dar vida a peças especiais?
Lembre-se: assim que finalizar suas criações, compartilhe com a gente nas redes sociais!
Você só precisa publicar suas fotos no Facebook ou no Instagram com a #semprecirculo.
Nós amamos acompanhar de pertinho tudo o que você faz!
Agora, conta pra gente: qual história mexeu mais com seu coração?
Até a próxima!
Surpreenda-se com o melhor hortifruti do handmade, conheça o E-book Amigurumis Frutas e Verduras!
Leia maisAprenda a transformar paixão em negócio com as dicas valiosas de Marcelo Darghan e Juliana Segallio, Consultora de Mercados do Sebrae.
Leia maisNo mais novo E-book Círculo você encontra 5 receitas exclusivas de roupas para bonecas que vão te conquistar, confira!
Leia maisEste ano, você poderá receber o Coelho da Páscoa em sua casa com o sofisticado chá das cinco do E-book Páscoa 2021! Confira 15 receitas maravilhosas!
Leia mais