Confira as lindas histórias que recebemos em comemoração ao nosso 85º aniversário!
Em 2023, completamos 85 anos! E é claro que celebramos durante todo o ano. Afinal, uma data tão marcante como essa merece uma comemoração a altura! Por isso, mês após mês, compartilhamos os relatos da nossa campanha 85 anos, 85 histórias que foram enviados por vocês com tanto carinho.
Essa foi a forma que encontramos para celebrar a linda relação que construímos com pessoas tão especiais e que são o motivo de chegarmos até aqui.
E, infelizmente, com a chegada do mês de dezembro, chegam também as últimas histórias recebidas durante 2022 e selecionadas para inspirar quem nos acompanha. Confira!
“Desde criança, sempre tive muita vontade de aprender crochê! Vi minha mãe fazendo blusas (muitas delas existem até hoje) e minha tia fazendo chapeuzinhos incríveis.
O tempo passou, a profissão, a família, os filhos..., mas a vontade nunca deixou de existir! Foi quando, em 2020, fui diagnosticada com câncer de mama, aos 36 anos.
Confesso que não tinha a menor noção do poder terapêutico do crochê. O que me motivou a tentar foi justamente o tempo desacelerado que a pandemia proporcionou, a calmaria advinda do tratamento e a vontade que nunca deixou de existir.
Olhei uns vídeos na internet e resolvi que aprenderia o tal do Amigurumi. Qual não foi minha surpresa ao ver minha primeira pecinha pronta?! É claro que muito longe da perfeição das profissionais, mas já me senti "a" crocheteira!
Sempre usei as linhas da Círculo por motivos não apenas de qualidade, mas por ser uma marca que nasceu no estado em que nasci, Santa Catarina. Gosto de valorizar minhas raízes.
E aí a história com as linhas e o crochê tomaram um rumo maravilhoso na minha vida.
À frente de um grupo de ações sociais há muitos anos, promovi rifas para ajudar muita gente durante a pandemia. Dentre os prêmios: mimos de crochê do ateliê, claro!
Ajudamos pessoas em tratamento radioterápico, família com filho cadeirante... E tudo o que eu faço com a Círculo ou é para ajudar, ou para presentear alguém que Deus coloca no meu coração para fazer.
O meu respeito, carinho e admiração pela Círculo se fortaleceu quando, também em 2020, nosso grupo solidário resolveu ajudar uma moça que estava pedindo ajuda num sinaleiro aqui da cidade (Goiânia). Descobrimos que ela tinha o dom para o crochê e ao entrar em contato com vocês, fui recebida com muito abraço quentinho (virtual) e muito material para que ela pudesse dar os primeiros passos na jornada de uma nova vida. Fiquei encantada com essa atitude de vocês. Fidelizou a marca no meu coração!
Nem todas as histórias têm final feliz e infelizmente, essa moça acabou voltando para o sinal. E esse fato também serve de lição! Porque independentemente da circunstância, a essência de quem somos não muda! Eu continuo ajudando as pessoas (mesmo as dos sinais) e a Círculo, acreditando e incentivando a arte que mora dentro de nós.
Em anexo, de forma muito simples, as fotos que ilustram esses relatos e algumas outras "artes" com a Círculo!!
Publicada ou não, quero agradecer por vocês fazerem parte da minha história! Desejo que Deus os abençoe em tudo o que fizerem e que muitos e muitos anos com muito sucesso sucedam a esses que estamos celebrando.
Parabéns por tanto tempo de história!”
Tatiana Monick Santos
Enviado em 6 de julho de 2022
“Bom na verdade, conheço a Círculo já faz uns 40 anos. Minha vó (em memória) era uma crocheteira de mão cheia. Tentou muitas vezes me ensinar, mas infelizmente não teve sucesso kkk
Vvi muitas coisas até chegar aqui. Há mais ou menos um ano e meio, fui diagnosticada com depressão, síndrome do pânico e crises de ansiedade. Posso dizer que não foi nada fácil, muito pelo contrário, foi e ainda é muito difícil. Tenho três filhas pequenas que precisam muito de mim, então um dia, no meio de uma crise muito forte, descobri o amigurumi.
Nossa senhora, fiquei encantada com tantas possibilidades, mas eu não tinha certeza, que seria capaz de fazer algo tão incrível assim, pois sempre deixava meus sonhos pra depois.
Hojej sei que realmente sou capaz de fazer tudo que eu quiser, e a círculo tem sido minha verdade parceira nesse momento.
Amo todos os produtos da Círculo! Tenho acompanhado o canal, as dicas. É tudo impecável. Sou só gratidão!”
Paty Sorgetz
Enviado em 15 de julho de 2022
“Me chamo Ana, tenho 53 anos e minha história com a Círculo começa quando tinha 18 anos.
Estava noiva e desempregada. Não tinha como me casar, pois as despesas eram muitas e meus pais não tinham condições de me ajudar. Foi então que minha sogra perguntou se eu queria aprender tricotar e eu, que sempre gostei de artesanato, imediatamente quis.
Ela me ensinou os pontos tricô e meia, porque também só sabia esses. Daí em diante, comecei a tecer com muita vontade de aprender outros pontos. Meu pai era padeiro e todo dia trazia uma meada de barbante que tirava do saco de farinha, até que eu consegui tecer uma blusa.
Meu marido, na época meu noivo, ficou surpreso com o resultado do trabalho e resolveu comprar linha pra fazer blusas. Me lembro como se fosse hoje a primeira vez que entrei em uma loja de linha da Círculo, fiquei maravilhada.
Comprei várias linhas e, entre elas, uma que se chamava Douce, era uma linha com pipocas, linda. Fiz uma blusa maravilhosa com barra em linha Anne e a blusa solta com decote em V nas costas, foi um sucesso. A blusa foi parar em uma loja na minha cidade, vendi muitas e acabei me tornando tricoteira e crocheteira.
Hoje, adoro me recordar desses momentos que fizeram parte da minha história!”
Ana Lucia Batista
Enviado em 18 de julho de 2022
“Me chamo Alice e tenho 38 anos de idade. Atualmente moro em Assentamento Itamarati, Ponta Porã, Mato Grosso do Sul. A minha história com a Círculo teve início em 2018/2019, quando eu estava residindo na cidade de Sinop, Mato Grosso. Eu havia ido para a cidade transferida devido meu trabalho no setor de assessoria hospitalar. Nesse período eu passei por uma crise psicológica bastante forte e, confesso que, se não fosse o amor dos amigos que conquistei nessa cidade e o amor da minha família, eu não teria conseguido passar por mais uma fase difícil das tantas que passam um paciente de saúde mental.
Nesse período, após ficar desempregada, vi uma oportunidade de tirar um tempo pra mim, e com acompanhamento terapêutico ainda em Sinop, dei início ao planejamento para realizar a minha primeira viajem solo. Foi nesse momento que eu dei abertura para a arte manual do crochê, já que durante o planejamento dessa aventura surgiu por parte de uma amiga especial, a crocheteira Elaine, a oportunidade de eu aprender o crochê. A técnica, além de ser meu companheiro crucial na viagem, supriria não só a ansiedade, mas seria uma soma para me ajudar com as despesas já que eu comercializaria os artesanatos.
E isso deu muito certo! Tive não só o apoio da Elaine nesse mundo do crochê como também da professora Renata Vieira da Círculo, que deu o curso pra mim e para outras pessoas numa loja de aviamentos lá de Sinop, e também do meu grande amigo Valnes, representante da Círculo em Mato Grosso, que me forneceu junto com a Elaine fios para a confecção de minhas peças durante a cicloaventura.
Essa experiência com o crochê foi incrível na estrada, porque pude me identificar como pessoa criativa e capaz e como mulher independente, viajando sozinha sendo a própria financiadora da viagem. Saí de Sinop em aventura no dia 7 de abril de 2019, data do meu aniversário. Na estrada, confeccionei muitas peças em Amigurumi, isso foi superespecial porque as pessoas se aproximavam curiosas justamente pela beleza e delicadeza desse tipo de arte feita no crochê.
Crochetei durante toda a viagem, pois na bagagem estava o meu kit de Amigurumi e muitos fios. Então, como eu sempre dizia pra quem me ajudava comprando meus crochês: bicicleta e crochê, uma voltinha a mais e você vai longe!
Os momentos mais marcantes com o crochê eram aqueles quando chegava numa nova cidade e me organizava pra crochetar e expor os meus Amigurumi, mas em especial foi quando precisei consertar a minha bicicleta. Na minha passagem por São Paulo, o dono da bicicletaria, que era japonês, me desafiou a fazer a troca da manutenção da bicicleta pela confecção de um gato da sorte. Foi o desafio mais satisfatório da viagem, porque pude ter certeza de que nós podemos muito quando acreditamos mais em nós e isso é superimportante para pessoas com limitações psicológicas e sobretudo a depressão.
O crochetar na estrada também me permitiu passar um pouquinho dele para algumas pessoas que queriam ter ao menos uma noção de como fazer. Isso foi de uma riqueza e significado muito grande pra mim e pra quem eu estava trocando essa experiência. O crochê me proporcionou trocas incríveis, desde água, alimentos, manutenção da bicicleta, acomodação em campings, hotéis e pousadas e até lavagem de roupas em lavanderia.
A aventura de Sinop, MT, até Paraty, RJ, durou 6 meses e acabei encerrando a cicloaventura ao chegar em Trindade, uma comunidade caiçara que fica na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro. Por lá fiquei um bom tempo devido o início da pandemia, mas posso dizer que valeu a pena unir essa arte manual nesse meu caminho de aventura e de autodescobertas, pois até hoje o crochê está presente no meu dia a dia pra mostrar o quanto sou capaz quando eu me permito sonhar e viajar através das mãos. Hoje eu já me desafio a fazer minhas próprias blusinhas!”
Alice Fernandes
Enviado em 25 de outubro de 2022
“Discorrer sobre minha história é como tecer uma peça em crochê: é um trabalho minucioso, porém gratificante quando observamos o resultado.
Faz dois anos esse mês que realizei uma cirurgia de câncer de mama. Mal pude imaginar que seria apenas o começo de grandes aprendizados no mundo das artes manuais. Mas enfim, vamos nos apresentar?
Meu nome é Valéria Ferreira, tenho 35 anos e uma filha de três anos e meio. Em setembro de 2020, recebi o diagnóstico de câncer de mama Her 2 positivo. Notei o nódulo durante o banho. Ufa! Que sorte a minha conseguir descobrir logo, pois grande parte dos casos não são palpáveis. Não foi autoexame, foi passando sabonete que notei um pequeno caroço no seio esquerdo. Por ter a mama pequena foi mais fácil perceber. Pensei ser um cisto, um nódulo funcional, ou algo do tipo. Estava tranquila e confiante até ter em mãos o diagnóstico. CÂNCER! Palavra que pesa!
Por alguns segundos, ao ter o diagnóstico em mãos, tive a sensação de que ia morrer. Chorei por umas duas horas, mas lembro que no final do mesmo dia eu já estava mais tranquila e consciente de que eu só tinha uma alternativa: tratar o problema.
Após o susto (ao receber o diagnóstico), tudo foi acontecendo de forma mais tranquila. Fiz todo protocolo que eu precisava pra iniciar o tratamento e o universo se encarregou de acelerar todo o processo. Primeiramente, fiz cirurgia. Depois, realizei seis sessões de terapia a cada 21 dias e terminei essa primeira fase (do tratamento) com 18 radioterapias pra concluir o processo. E deu certo!
Na verdade, posso dizer com toda certeza que passar pelo câncer não foi uma tarefa fácil, porém foi a mais gratificante de todas, pois tive dois aliados que me ajudaram a vivenciar meus dias de dor de forma mais branda. Um deles foi a conquista mais libertadora: O CROCHÊ!!!
Desde criança admirei a arte do crochê! Eu me perguntava como uma agulha e uma linha poderia formar peças tão lindas. Na época, tínhamos poucos recursos e comprar linha era até um luxo. Minha mãe não fazia crochê, mas lembro que ela tinha uma agulha que peguei pra tentar fazer com linha de costura. Enfim, o caos (risos).
Aos vinte e poucos anos, eu até tentei aprender por conta própria, mas o resultado era desastroso. Então, como eu queria muito uma peça de crochê, eu resolvi encomendar com uma conhecida que fazia pra vender. Tive várias peças, mas parece que sempre faltava algo...
Na época do tratamento eu fiquei desempregada, pois eu havia pedido as contas de um trabalho para ir para outro. Nesse meio tempo, eu perdi os dois, pois eu teria que parar tudo para realizar o tratamento.
Em dezembro de 2020, fiz minha primeira sessão de quimioterapia e terminei a última em maio de 2021. Estávamos passando por uma pandemia e os cuidados deveriam ser redobrados.
Devido ao tratamento, eu tinha mais tempo livre e não gostava do desconforto que era ter que usar lenços. Então, comecei a fazer pesquisas no YouTube até que tive a ideia de tentar aprender por essa plataforma. Antes eu achava impossível fazer pela internet, por haver muitos tutoriais de baixa qualidade e didática complexa. Mesmo assim insisti.
Umas das artesãs que me inspirou dos "pés a cabeça" foi a Marie Castro. Achava lindas as suas peças coloridas, tutoriais curtos e práticos. Olha só que interessante.... foi dela a primeira receita do gorrinho que fiz, inclusive com o fio Barroco 6. Deu supercerto, pois eu já sabia fazer os pontos básicos do crochê. Fiquei tão feliz por conseguir. A experiência em concluir uma peça e usá-la é surreal. Eu fiquei tão eufórica ao ponto de entender que eu estava materializando um sonho.
Aos poucos fui fazendo outros. As pessoas iam me perguntando onde eu comprava e eu dizia que eu estava aprendendo a fazer. Vendi vários gorrinhos e aprendi a fazer também as máscaras em crochê. Nossa, a empolgação só aumentava!
Até hoje eu continuo assistindo os tutoriais gratuitos do YouTube. Fiz algumas peças pra vender e as vezes participo de aulas 100% gratuitas. Inclusive, postei em meu Instagram uma blusinha feita pelas mãos da Marie Castro, que tanto gostaria de conhecer um dia.
Na semana em que eu escrevo este e-mail, está acontecendo o evento da Mega Artesanal em São Paulo, mas infelizmente não tive condições de ir. Quem sabe no próximo, pois um dos grandes objetivos que tenho é participar dessas feiras e eventos de artesanato.
Atualmente, estou me organizando para abrir um Instagram profissional no intuito de vender as peças e adentrar mais ainda nesse universo chamado CROCHÊ! Mas ainda tenho muito o que aprender, pois trabalhar com o crochê requer muita dedicação e vários testes de pontos e linhas. Ainda tem muitas linhas que quero testar, mas aqui em minha cidade (São Luís - MA) os produtos chegam mais caros em relação as demais e ainda não tenho recursos suficientes para desenvolver o projeto. Mas eu chego lá!
O crochê se reinventou e hoje está sendo construído de uma forma mais moderna e colorida. No momento, estou trabalhando numa peça autoral e creio que com cada capacitação, mesmo de forma um tanto limitada, vou alçar voos ainda maiores pois a vontade em aprender só cresce.
Sem sombras de dúvidas, o crochê representa meu alento e meu desafio ao mesmo tempo. Trouxe calmaria em dias de dor e me ajudou a sair do emaranhado de fios do casulo em que eu estava para conhecer outros fios, outras texturas, outros saberes e outras formas de enxergar a vida, como fez Frida Kahlo diante de suas dificuldades. VIVA A ARTE!!!
Hoje, percebo o crochê como uma necessidade assim como outras atividades essenciais para nos manter vivos. É extensão de mim.... é através dessa linda arte que consigo explorar minha criatividade e buscar alento nos momentos de angústias e introspecção. Consigo elevar minha autoestima e trabalho através dele, minha confiança e perseverança, pois cada ponto "errado" me possibilita a oportunidade de tentar de novo e refazer. É assim que eu me vejo hoje e conduzo meus dias, refazendo e ressignificando novos caminhos. Assim como a vida, o crochê também pode ser tecido de outras formas nos possibilitando outras experiências e um outros olhares.
Contudo, gostaria de agradecer a Círculo pela oportunidade em me proporcionar o prazer de compartilhar (de forma resumida) minha história, sobretudo, dizer que a vida é como tecer uma peça em crochê: é conviver com o desafio diário em construir nossa própria história, não obtendo a certeza que vai dar certo, mas errando e tentando quantas vezes for preciso até conseguir chegar no resultado esperado.”
Valeria Ferreira
Enviado em 28 de outubro de 2022
Caso tenha perdido as lindas histórias que compartilhamos durante todo o ano de 2023, confira aqui: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro!
Muito obrigada por compartilhar suas lembranças. Saiba que a sua história é essencial para a construção da nossa!
Nós temos diversos fios, agulhas e acessórios para te ajudar a confeccionar lindas peças e a tecer mais um capítulo da nossa história!
Você encontra tudo nos melhores armarinhos e lojas on-line do Brasil!
É difícil não se emocionar e inspirar com histórias tão lindas, não é mesmo? E por que não aproveitar esses sentimentos e dar vida a peças especiais?
Lembre-se: assim que finalizar suas criações, compartilhe com a gente nas redes sociais!
Você só precisa publicar suas fotos no Facebook ou no Instagram com a #semprecirculo.
Nós amamos acompanhar de pertinho tudo o que você faz!
Até a próxima!
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